Misericórdia de Mogadouro leva ajuda diária a 130 idosos

Misericórdia de Mogagouro leva ajuda diária a 130 idosos

Uma equipa multidisciplinar da Misericórdia de Mogadouro está a prestar apoio domiciliário diário a 130 idosos, alguns em depressão profunda, num concelho onde um terço da população tem mais de 65 anos, disse hoje fonte da instituição.

Os serviços do apoio domiciliário integram uma psicóloga clínica, fisioterapeutas, enfermeiras, educadoras sociais, cabeleireira e manicure, entre outros.

“Estamos a fazer um grande esforço para proporcionar diversos cuidados médicos e sociais aos utentes que ainda se mantêm nas suas residências. Em tempo de crise, é preciso ter muita imaginação e arrojo para proporcionar serviços desta dimensão num concelho em que há aldeias mais de 40 quilômetros da sede”, disse à Lusa o provedor da instituição, João Henriques.

Para além destes serviços, os idosos que estão isolados e desprotegidos beneficiam ainda de um serviço diário de refeições ao domicílio, limpeza das habitações e higiene pessoal.

A equipa multidisciplinar Misericórdia de Mogadouro encontra diariamente pessoas debilitadas, não só fisicamente, mas também emocionalmente, que às vezes ainda cuidam de terceiros, com dificuldades acrescidas para essa missão.

Manuel Carvalho é um reformado que tem a seu cargo a esposa, com quem casou há mais de 46 anos. Há pouco mais de dois anos, a vida do casal mudou já que a mulher se encontra em estado de demência, necessitando, por isso, de apoio direto em praticamente de todos os cuidados necessários ao seu dia a dia.

 

Agência Lusa, publicado por Helder Robalo

Fonte: http://www.dn.pt/

Misericórdia pede mais respostas sociais para portadores de demência

Misericórdia pede mais respostas sociais para portadores de demência

Responsáveis pela Misericórdia de Mogadouro consideraram hoje que é “urgente” criar respostas sociais para ajudar pessoas portadoras de demência, particularmente idosos, e defenderam que é necessário preparar mais profissionais para lidar com este problema.

Segundo Cátia Garrido, psicóloga naquela instituição, desde 1994 não são feitos estudos em Portugal sobre a demência, o que leva a um “desconhecimento” desta realidade no país, não havendo também “um plano de estratégico para atacar problema”.

“Há pessoas também com idade avançada, no caso familiares, a cuidar de pessoas portadoras de algum tipo demência sem terem condições físicas ou emocionais para a tarefa”, observou a psicóloga clínica.

A técnica citou o caso do concelho de Mogadouro, onde existem idosos com quadros de demência considerados graves, que se encontram a residir sozinhos, não possuindo capacidades de autogestão do seu dia-a-dia.

Quem lida com pessoas portadoras de demência, defende que é preciso identificar os casos existentes em Portugal e em cada região em particular, para posteriormente serem delineadas estratégias de intervenção ao nível médico e social.

“Só com profissionais de saúde qualificados e estratégias delineadas se poderá prestar um melhor serviço, sendo que, para o efeito, é imperioso criar uma rede de cuidados, não só médicos, como socais, que respeitem a dignidade, a autonomia e qualidade vida destes doentes “, frisou Cátia Garrido.

 

por Agência Lusa, publicado por Helder Robalo

Fonte: http://www.dn.pt