Nas últimas décadas as famílias têm sofrido alterações na sua constituição, sendo que numa realidade passada, as famílias eram consideradas alargadas, no sentido em que eram constituídas pelos avós, filhos, netos, primos, sobrinhos, entre outros, que coabitavam no mesmo espaço. Nos dias de hoje o mesmo não acontece, dado que muitas das vezes o idoso coabita sozinho.

É de referir que as pessoas idosas dão preferência à permanência no seu domicílio, porém, e para tal, é necessário que sejam prestados cuidados de acordo com as suas necessidades. Deste modo, existem dois tipos de prestadores de cuidados, nomeadamente: os cuidadores formais (exemplo: Serviço de Apoio Domiciliário – SAD) e os cuidadores informais (família, vizinhos, ou alguém com quem o idoso ou a

família já têm uma relação preestabelecida).

O facto de nos dias de hoje os idosos não terem as suas famílias por perto (cuidadores informais), e a fim de melhorarem a qualidade de vida em geral, de modo a suprirem as suas necessidades básicas, desenvolvem-se serviços como é o caso do SAD,

o qual consiste na prestação de um conjunto de serviços que contribuem para a manutenção do idoso no seu meio sociofamiliar.

O SAD é assim uma resposta social de apoio formal a pessoas idosas, o qual consiste na prestação de cuidados individualizados e personalizados no domicílio, a indivíduos e famílias quando, por motivo de doença, deficiência, ou outro impedimento,

não possam assegurar temporária ou permanentemente a satisfação das suas necessidades básicas e atividades da sua vida diária. Sendo que permite a continuidade das pessoas no seu domicílio e comunidade, evitando ou atrasando a institucionalização.

Neste âmbito formal, são assegurados cuidados ao nível de higiene pessoal e habitacional, fornecimento de refeições, tratamento de roupas, acompanhamento ao médico, animação, enfermagem, teleassistência, aquisição de bens e géneros alimentares, pagamento de serviços, cuidados de imagem, e outros, de acordo com as necessidades manifestadas. Para além dos cuidados anteriormente mencionados, importa mencionar que este também é um serviço de vigilância, de companhia e de proximidade durante os 7 dias de semana.

O SAD é assim uma resposta de ajuda formal que permite ultrapassar as necessidades manifestadas pelo idoso, o que lhe permite permanecer na sua rede de proximidade, e, por conseguinte, assegurar a manutenção de alguma autonomia.

Recommended Posts