Com o início do novo ano letivo surgem, também, as ansiedades de quem acompanha os pequenos.

As atividades começam a girar na preparação desta transição e, mesmo que não se

queira, há a necessidade de trabalhar as letras, os números, a adição e a subtração e, em alguns casos, até se aumenta o tempo de estar sentado, porque isso também é uma prioridade. Desta forma, ficam mais bem preparados para a transição, pois segundo dizem, passarão mais tempo sentados. Sem aparente razão, desconhecem-se as causas e continua-se a insistir numa prática alheia a interesses reais, numa prática destinada à preparação para esta importante transição.

Acabamos por criar uma instabilidade, enorme, no seio familiar, mesmo sem que assim percebamos. Aumentamos o grau de exigência em competências desnecessárias, em momentos desapropriados e completamente afastados daqueles que deveriam ser o nosso foco de aprendizagem.

Nós educadores de infância do pré -escolar da Santa Casa da Misericórdia de

Mogadouro estamos conscientes do modo como agimos, do modo como lidamos com tudo isto, da nossa sensibilidade de atuar e de exigir, de reconhecer a transição como um passo importante, mas não substituível dos interesses das crianças é, realmente, importante.

Mas, além de todas as competências adquiridas, não adquiridas, em aquisição, ou não observadas, além das preocupações escolares, uma coisa é certa, a passagem para o 1º ciclo é extremamente importante!

De facto, é, mesmo, importante. No entanto, não o podem fazer enquanto não

aprenderem a brincar. Não deveria ocorrer essa passagem até terem consolidado o

brincar. Mas hoje, prioriza-se a escolarização, reduz-se o tempo dedicado à infância e aumenta-se o tempo dedicado à vida adulta.

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