
“Brincar é muito mais do que se divertir, é exercitar a imaginação, é crescer, é desenvolver-se!”
Marianna Moreno
Por intermédio do brincar, a criança explora e reflete sobre a realidade e a cultura na qual está inserida, interiorizando-a. A experiência de diferentes papéis sociais (o papel de mãe, pai, bombeiro, super-homem…) através do faz-de-conta, permite à criança compreender o papel do adulto e aprender a comportar-se e a sentir como ele, constituindo-se como uma preparação para a entrada no mundo dos adultos. A criança procura assim conhecer o mundo e conhecer-se a si mesma.
Por outro lado, através do brincar, a criança tem oportunidade de simular situações e conflitos da sua vida familiar e social, o que lhe permite a expressão das suas emoções. Brincar é uma forma segura das crianças encenarem os seus medos, as suas angústias e a sua agressividade e de tentarem elaborar e resolver os seus conflitos internos. Os jogos, nos quais está implícito o perder e o ganhar, permitem que a criança possa começar a trabalhar a sua resistência à frustração. Aprender a lidar com esse sentimento é essencial para o seu equilíbrio emocional e para o desenvolvimento da personalidade.
Outro aspeto importante do brincar é o desenvolvimento do raciocínio, da atenção, da imaginação e da criatividade, na medida em que as brincadeiras trazem novas linguagens e ajudam a criança a pensar a realidade de forma criativa.
O brincar desempenha um papel fundamental na socialização da criança, permitindo-lhe aprender a partilhar, a cooperar, a comunicar e a relacionar-se, desenvolvendo a noção de respeito por si e pelo outro, bem como sua autoestima.
Brincar é uma incontornável estratégia de aprendizagem e desenvolvimento.
Brincar é reconhecido pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos como um direito de todas as crianças. Um direito que se exerce em pleno no Jardim de Infância da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro.
