“Ter património fechado não é vantajoso”. “O património só tem importância se for partilhado pela comunidade”, defende o provedor da instituição que quer abrir a Igreja ao público.

A igreja da Misericórdia de Mogadouro, datada da segunda metade do século XVI, acaba de ser restaurada e vai ser aberta ao culto. A recuperação do templo foi suportada pela Associação de Desenvolvimento do Douro Superior, Câmara Municipal e Misericórdia local.

O provedor da Misericórdia de Mogadouro, João Henriques, a instituição “entrou com 90 mil euros, cabendo a restante comparticipação às outras entidades”, num total de 180 mil euros.

A igreja apresentava sinais evidentes de degradação estrutural, nos altares e noutras peças de arte sacra. “O telhado estava praticamente a cair, as paredes estavam à beira da derrocada e os altares a caírem”, lembra João Henriques.

A grande preocupação da intervenção foi manter toda “a traça original da igreja”, que está situada no centro histórico da vila, próximo do castelo. “Não houve nenhuma agressão patrimonial no templo. Tudo foi executado dentro das mais rigorosas normas”, assegura João Henriques, revelando que a intervenção foi realizada com recurso a empresas sediadas no concelho de Mogadouro.

O templo, onde se venera o Divino Senhor do Passos, só é utilizado, praticamente, em tempo de Quaresma, ma,s após esta intervenção, vai passar a abrir mais frequentemente.

“O património só tem importância se for partilhado pela comunidade”, defende o provedor da Misericórdia de Mogadouro, reforçando: “Ter património fechado não é vantajoso”.

“O que pretendemos é que a igreja seja agora local de culto para os irmãos da Misericórdia de Mogadouro e seus e familiares”, remata.

A construção da Igreja da Misericórdia remonta à segunda metade do século XVI, após o ano de 1559, data marcada pela fundação da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro. A sua fundação ficou a dever-se à acção benemérita de D. Luís Álvares de Távora. O edifício reflecte os estilos arquitectónicos e artísticos do maneirismo e barroco.

Fonte: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=29&did=182210

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