É inquestionável o nosso dever para com a pessoa idosa, que à medida que ganha anos de vida vai somando, frequentemente, dificuldades acrescidas próprias do processo de envelhecimento. Não basta satisfazer as suas necessidades, importa fazê-lo de forma adequada a cada idoso respeitando a expressão identitária de cada um e contribuindo para a sua valorização enquanto ser humano rico de experiências, conhecimentos e saber-fazer. Estes são os princípios da metodologia Humanitude.

O Cuidado Humanitude assenta em 4 pilares fundamentais: o olhar, a palavra, o toque e a verticalidade. A conjugação destes elementos permite estabelecer uma ligação com o utente.

Este tema tem sido debatido na Estrutura Residencial para Pessoas Idosas de Bruçó de forma a que toda a equipa tome consciência da importância de olhar nos olhos do utente, falar docemente para a outra pessoa, mesmo que ela não nos responda, e, como parte essencial da comunicação favorecer o toque progressivo e de efetiva ligação com o utente. A par destas condições, deve ser promovida a verticalidade, contrariando a tendência de limitação motora e salvaguardando uma das principais características da espécie humana – andar sobre os dois pés e com postura ereta.

Na nossa ERPI damos sentido a esta metodologia através de procedimentos básicos que promovem toda a diferença no tratamento que é dado à pessoa idosa: bater à porta do quarto e pedir licença para entrar ou bater nos pés da cama e aguardar aceitação por parte do utente para a aproximação, chamar a pessoa como ela gosta de ser chamada, tocar e executar movimentos suaves anunciando cada gesto e descrevendo cada movimento que é feito, reforçando positivamente cada esforço da pessoas idosa, por mínimo que seja e agradecendo por ter participado naquele momento.

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