Na manhã do dia de hoje (29 de junho), o grupo da sala rosa (meninos de 5/6 anos) foram visitar a Escola Básica e JI do Agrupamento de Escolas de Mogadouro.

A Instituição Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro em articulação com o Agrupamento de Escolas de Mogadouro, proporciona anualmente, esta visita às crianças finalistas.

Foi nosso objetivo, conhecer o espaço interior e exterior, conhecer professores e colaboradores e visualizar um bocadinho do trabalho realizado.

Está para breve, esta mudança, na vida das crianças e dos pais.

A todos desejo um inicio de ano letivo (mês de setembro) esplendoroso.

Peço que não deixem de acompanhar a vida escolar dos vossos filhos (é uma das grandes preocupações dos professores do ensino básico, confidenciado no dia de hoje), sejam participativos, preocupados, atentos, como sempre foram.

Só com esta postura de participação e empenho é que poderão acrescentar e fazer a diferença, não só na escola, mas principalmente no percurso de vida dos vossos filhos.

No seguimento deste texto… quero DEDICAR a cada CRIANÇA e a cada PAI/MÃE em particular e a todos no geral o poema do nosso ilustre escritor Fernando Pessoa: “Dedicatória aos Amigos”.

Ao lê-lo, senti que tinha sido escrito para mim… para poder dedicar a todas as crianças, que cruzam o meu caminho… aquelas que ficam durante algum tempo, de forma intensa e diária e que partem, porque assim tem de ser. GRATA, a todos os pequenotes e a todas as famílias, que sempre estiveram disponíveis para a causa comum, que foi a de amar, educar/ensinar, cuidar, dar oportunidade de expressão, facilitar a diferença, ajudar a fazer sem ajuda, aprender fazendo, brincar como assimilação do real…

Faço então, das palavras do POETA, as minhas palavras…

“Um dia a maioria de nós irá separar-se.

Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora, das descobertas que

fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da angustia, das vésperas dos

fins-de-semana, dos finais de ano, enfim…do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.

Hoje já não tenho tanta certeza disso.

Em breve cada um vai para seu lado.

Seja pelo destino ou por algum desentendimento, cada um segue a sua vida.

Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe… nas cartas que trocaremos.

Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices… os dias vão passar, meses…

anos… até este contacto se tornar cada vez mais raro.

Vamo-nos perder no tempo…

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:

Quem são aquelas pessoas?

Diremos… que eram nossos amigos e… isso vai doer tanto!

– Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!

A saudade vai apertar bem dentro do peito.

Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente…

Quando o nosso grupo estiver incompleto…reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo.

E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.

Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes daquele dia em diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida isolada do passado.

E perder-nos-emos no tempo…

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em

branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades…

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus

amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!”

Sejam felizes!

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