Os gritos não educam!

Eles ensurdecem o coração, bloqueiam o pensamento e tornam a criança violenta e agressiva!

Um castigo é uma sanção usada para reprimir uma conduta considerada incorreta e pode ter carácter educativo ou disciplinar.

Estabelecer regras claras, saber mantê-las e ser assertivo é fundamental. Quando as regras não são cumpridas, a primeira coisa a analisar á a intenção: se a criança fez de propósito ou não.

Deve também dar-se sempre uma oportunidade de a criança se explicar, mesmo que ela demore algum tempo (porque está assustada e a tentar compreender o que se passou). O “Cala-te!”, quando ela tenta explicar-se, é castrador e não a encoraja a pensar porque é que as coisas aconteceram desta forma.

No meu entender bem como da restante equipa do Pré-Escolar da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro o valor e o peso do significado da palavra “castigo” têm uma conotação mais penosa. Dito isto, a utilização da palavra consequência, alia-se a coisas mais construtivas, permite à criança sentir que para qualquer situação há consequências, positivas ou negativas, com as quais todos temos de lidar, e o “castigo” tem um valor muito limitado porque a criança não reage por compreensão, mas sim por medo, não reflete, apenas reage emotivamente e sente a reação de quem o castigou (zangado, furioso, chateado…).

É fundamental que o adulto esteja disponível para perceber por que a criança teve uma reação descontextualizada caso contrario a consequência não tem o seu valor, a criança não aprendeu nada e o adulto “lavou as mãos”. Não se envolveu. E passa uma mensagem de indiferença, o que pode ter consequências catastróficas para a vida social futura da criança. Não se pensa, apenas se reage ou age! E como podemos pedir a uma criança que consiga controlar o seu comportamento, quando o adulto não o consegue fazer?

Se os pais/educadores têm atitudes só repressivas em vez de educativas, até podem conseguir resultados, mas será sempre pela via do medo (castigo).

Torna-se pois, fundamental, mudarmos de paradigma. É necessário abandonar os modelos de educação pela força, pela lei do mais forte!

Devemos tentar evitar que as frustrações que trazemos de fora (do emprego, do trânsito ou seja do que for) não tenham qualquer influência na avaliação de determinadas atitude incorretas. As crianças não são bodes-expiatórios nem culpadas pela desorganização do mundo em que vivemos (e que, em certa medida, fomos nós, adultos, que construímos sem consultar as crianças).

A assertividade e o afeto são fundamentais em todo o processo educativo, acima de tudo devemos educar com amor e humildade!

É urgente educar num ato construtivo e positivo!

Recommended Posts